Governo investe na fruticultura

Com a distribuição de 14 517 mudas de árvores frutíferas (basicamente pessegueiros e parreiras) a prefeitura de Ponta Grossa deu início ontem, em solenidade no gabinete do prefeito Pedro Wosgrau Filho, ao primeiro programa de incentivo à fruticultura, no município. Durante o lançamento do programa, oficializado com a assinatura do decreto 988/06, foi também anunciada a criação da Associação de Fruticultores de Ponta Grossa e novas medidas de suporte ao pequeno produtor rural, além de ações destinadas à arborização da cidade. Na ocasião, o prefeito Wosgrau Filho também anunciou medidas para arborização de loteamentos (veja Box abaixo).O objetivo do programa de fruticultura é oferecer aos pequenos produtores rurais e aos produtores familiares, uma nova opção de emprego e renda, notadamente nos períodos do ano em que as culturas tradicionais não são cultivadas. Em seu discurso, o secretário Laertes Bianchessi, da Agricultura, lembrou da situação difícil por que passa a agricultura, atualmente, e que isso atinge não só aos grandes e médios produtores, mas também aos pequenos, que mais sofrem com isso. O titular da pasta de Agricultura lembrou que o governo Wosgrau Filho sempre colocou como prioridade o atendimento à classe agropecuária, em especial os pequenos produtores, que representam hoje quase 80% dos proprietários rurais de Ponta Grossa. “Está se fazendo um grande esforço para conseguir dar apoio ao meio rural, gerando emprego e fazendo com que se evite o êxodo rural”, adiantou Laertes. Ele lembrou também que essa é só mais uma das várias ações estabelecidas pelo governo Wosgrau Filho, de suporte à agricultura familiar. Antes disso, lembrou, foram distribuídos 3 500 toneladas de calcário, além de outras medidas de incentivo à agricultura familiar, como o desenvolvimento do programa de reflorestamento, que prevê a distribuição de milhares de mudas de pinus e eucalipto, também voltados para a pequena propriedade.A opção pela fruticultura, especifica Laertes, foi feita em função das características dessa atividade e de seu forte impacto nas pequenas propriedades. “Tem alta rentabilidade, se comparada com as demais culturas”, apontou. Além disso, permite também plena ocupação da mão-de-obra disponível e gera também novos empregos.O primeiro agricultor familiar a aderir ao programa, Mário Nadolny, disse estar “muito feliz com a brilhante idéia” de disseminar a fruticultura, entre os pequenos agricultores. Segundo ele, a iniciativa vai “ajudar a segurar o homem lá no campo”.Outro parceiro do município, o Banco do Brasil, através de seu superintendente, também destacou que a diversificação é “um dos caminhos da sustentabilidade da nossa região”.Durante a solenidade, foram também assinados os termos de repasse de um resfriador de leite e uma ordenhadeira para um grupo de produtores rurais, e de equipamentos de ensilagem para outra comunidade. Já as comunidades de Tabuleiro e Conchas receberam equipamentos para redes de distribuição de água. Todos esses equipamentos foram financiados – a fundo perdido – pelo Programa Paraná 12 Meses, e foram repassados pelo representante da Emater, Heitor Fiúza.Prestigiaram o evento ainda os secretários Edílson Baggio (Assistência Social), David Montes (Gabinete), Zélia Marochi (Educação), Raul Paulo Neto (Prolar), Luiz Simão Saszczak (Qualificação), o vereador Florenal e o presidente do Sindicato Rural e da Associação dos Vitivinicultores dos Campos Gerais, Sérgio Sozim.Área destinada à fruticulturavai crescer 25% com projetoNo total, as 14 500 mudas de árvores frutíferas serão distribuídas a 20 agricultores familiares, e embora seu plantio vá cobrir perto de 14,5 hectares, isso representa um forte impacto no setor, em Ponta Grossa. De acordo com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, esses 14,5 hectares significam um acréscimo de 25% à área total destinada, no município à fruticultura – a maior parte da qual está ocupada por parreirais. “O impacto vai ser mesmo muito grande”, aponta Laertes, revelando que as projeções dos técnicos da Secretaria é de que sejam gerados 45 novos empregos diretos e pelo menos 100 indiretos. Como são mudas enxertadas, a produção deve começar a ser colhida dentro de no máximo dois anos, segundo o secretário.Os produtores atendidos pelo programa terão também a supervisão técnica da Emater, parceira do município nesse programa.Novos loteamentosserão arborizadosDestacando o programa de fruticultura como um passo importante para gerar emprego e renda aos agricultores familiares, o prefeito Pedro Wosgrau Filho anunciou, ao final da solenidade, diversas ações que o município vai adotar em seguida. O primeiro passo vai ser o início ‘efetivo’ dos loteamentos da Prolar, com uma novidade: todas as ruas desses loteamentos serão arborizadas e, em cada lote – lote urbanizado ou com moradia pronta – serão plantadas duas ou três árvores frutíferas. “Queremos estimular os moradores a não só cuidar das árvores da sua rua, mas também as da sua casa”, anotou o prefeito. Ele disse ainda que está em vias de ser iniciado o “tão esperado plantio de árvores no Parque Ambiental”. Embora não tenha precisado datas, Wosgrau adiantou que isso acontecerá “em breve”.Ele também destacou o suporte que o município vem dando ao setor produtivo, especialmente aos pequenos agricultores, com diversos programas apostando na diversificação da produção agrícola – incentivo à produção de mel, à comercialização de produtos da agroindústria familiar, distribuição de calcário, de mudas de árvores frutíferas e de árvores para reflorestamento – como uma demonstração do interesse do Executivo na fixação do homem no campo e como meio de propiciar a geração de emprego e renda. O chefe do Executivo também anunciou para breve o início das operações da Patrulha Mecanizada, que vai se encarregar de manter em condições aceitáveis as estradas vicinais de Ponta Grossa.