Aumento na umidade zera novos casos de meningite

As chuvas do final de semana e o aumento da umidade relativa do ar foram determinantes para que, nas últimas horas, não houvesse mais nenhuma notificação de caso de meningite em Ponta Grossa, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Até agora, a cidade computa 36 casos notificados e confirmados da doença e, em função disso, vem sendo desenvolvida uma forte ação de orientação e prevenção, além do estabelecimento de bloqueios medicamentosos nas famílias e ambientes que tiveram registro de casos da doença.De acordo com Edson Alves, diretor-superintendente da Secretaria Municipal de Saúde, o clima excessivamente seco das últimas semanas contribuiu para a disseminação dos agentes patológicos responsáveis pela meningite. “Com essa chuva, e com o aumento da umidade relativa do ar, temos melhores condições para que não haja uma proliferação maior desses agentes patológicos”, explica Alves, que reforça: “quanto menor a umidade do ar, maior a incidência da doença, porque ela se propaga com maior facilidade”. Isso se deve, além dos fatores ambientais, ao fato de que as pessoas tendem a ficar mais fechadas, “o que também contribuiu para a transmissão da doença”. A chuva, admite o diretor da Secretaria de Saúde, “deu um novo ânimo para todos que estão combatendo a meningite. E sabemos que, se chover mais, o quadro vai ficar ainda melhor”.Outro ponto importante destacado pelo diretor da Secretaria de Saúde é que a população está sendo conscientizada de que se trata de uma doença sazonal, que acontece anualmente em todos os municípios, em alguns com mais, em outros com menos casos.Segundo Edson Alves, é preciso muito cuidado ao promover uma análise do contexto em que os casos são notificados: “Ponta Grossa tem os maiores registros da região dos Campos Gerais porque é o maior dos municípios da região. Então é natural que haja uma concentração maior de casos”. Porém, a Secretaria Municipal de Saúde anota que em comparação com as notificações verificadas em outros municípios do Estado, os registros de Ponta Grossa se encontram num patamar de normalidade. Há, diz Edson Alves, outros municípios, até de menor porte, com muito mais casos do que os verificados em Ponta Grossa.