Requião libera verba do Hospital Regional

O governador do Estado, Roberto Requião, comunicou ontem (12) pela manhã o prefeito Pedro Wosgrau Filho de que R$ 17 milhões estão já disponíveis no Banco do Brasil, para custear as obras de construção do Hospital Regional de Ponta Grossa. “Aguardávamos uma solução há alguns dias”, explicou o prefeito, segundo quem com essa medida o governador garante não só a execução das obras – “extremamente necessárias para Ponta Grossa e toda a região dos Campos Gerais” – como também cumpre todas as exigências da legislação pertinente, seja a Lei de Responsabilidade Fiscal seja a Lei Eleitoral. Ao disponibilizar a integralidade dos recursos necessários para a execução da obra e conduzir as licitações por parte do governo do Estado, Requião garante que o processo de implantação da nova casa hospitalar não sofra qualquer interrupção, mesmo com o período eleitoral. No contato mantido ontem pela manhã, Requião relatou que a licitação será feita pelo governo do Estado e a administração da obra também estará a cargo dos organismos estaduais. O prefeito aproveitou a oportunidade para externar seu agradecimento, em nome da população de Ponta Grossa e dos Campos Gerais, pela conquista do hospital e cumprimentar o governador pela estratégia adotada, que vai garantir o cumprimento de uma meta comum das duas administrações.A determinação do governador Requião em construir um Hospital Regional em Ponta Grossa atendeu a um pedido feito pelo prefeito Pedro Wosgrau Filho, durante reunião na residência oficial do governador, de que participaram também o deputado estadual Jocelito Canto e o secretário municipal de Saúde, Alberto Olavo de Carvalho. Na ocasião, Wosgrau comemorou: “o projeto que parecia ser nosso grande desafio, em menos de um mês de governo parece estar encaminhado”. Já naquela ocasião, o chefe do Executivo princesino demonstrou sua gratidão a Requião: “sou muito grato ao governador, por ter se sensibilizado com a necessidade de um atendimento melhor na área da Saúde em Ponta Grossa”. A disposição de Requião, que confirmou a intenção de construir o hospital regional no município, vem somar aos avanços projetados para a Saúde, anunciados em 2005 e já em fase de implantação.Em outubro passado o projeto do Hospital Regional foi apresentado à Câmara Municipal, pessoalmente pelo prefeito Pedro Wosgrau Filho. Durante a apresentação do projeto arquitetônico, destacou que aquele era “um dia muito especial para nossa administração, porque começa a se tornar realidade a grande mudança que vamos fazer na saúde. Temos muito a agradecer ao governador Roberto Requião, que nos garantiu esse hospital, e ao secretário estadual de Saúde, Cláudio Xavier”.PARCERIAAo tomar conhecimento da disponibilidade dos recursos para a construção do Hospital, o prefeito Pedro Wosgrau Filho novamente destacou o empenho pessoal do governador Requião para que isso acontecesse. “Tivemos um compromisso assumido por Requião e que está sendo integralmente cumprido. A administração e a população de Ponta Grossa devem ser muito gratas a ele por sua dedicação e pela sua demonstração de interesse na resolução dos problemas que afligem a nossa comunidade”. De acordo com Wosgrau, Requião tem agido “de maneira irretocável para com Ponta Grossa, apesar de pertencermos a partidos distintos e de termos, muitas vezes, posicionamentos políticos diferentes”.(Box)Como é o hospitalO projeto arquitetônico elaborado pela arquiteta Luciana Valada, de Curitiba, prevê a construção de um prédio com cinco pavimentos, com o formato que lembra uma cruz (se visto de cima) contendo todas as medidas especificadas pelas autoridades médicas e espaços para todos os setores requisitados. A arquiteta, na apresentação que fez ao prefeito, revelou que o projeto é flexível, graças à estrutura modular empregada na concepção. Assim, dos 150 leitos de internamento inicialmente planificados, será possível ampliar – com poucas alterações no lay-out original – para cerca de 200. Ao todo serão 12 000 metros quadrados de área total, com previsão de um centro de terapia intensiva com 30 leitos exclusivos.No pavimento térreo haverá o acesso normal para um centro de triagem e uma unidade de pronto-socorro, com acesso exclusivo. Da central de triagem os pacientes serão encaminhados para consultórios, pronto-atendimento e serviço de diagnóstico por imagem (com salas para radiografia, tomografia, etc.), com as salas de espera e recuperação.No pavimento superior estão o Centro de Terapia Intensiva (a UTI), a área de administração, um anfiteatro e espaços para apoio a ensino e pesquisa.Os três pavimentos acima, estarão instalados à volta do amplo mezanino, os apartamentos, enfermarias e quartos de isolamento, além de sanitários.Saúde é prioridade paraas duas administraçõesEm diversas oportunidades o governo municipal e a administração estadual vêm reiterando que os investimentos e a atenção à saúde são prioridade. Entre os investimentos do governo do Estado em Ponta Grossa, além dos R$ 17 milhões já disponibilizados para o Hospital Regional – que garantirá mais 150 leitos hospitalares – estão a reforma e ampliação do Hospital da Criança, a reforma e ampliação do Pronto-Socorro Municipal. Entre os investimentos viabilizados com recursos do Paraná Urbano, Wosgrau menciona também a construção dos Centros de Atendimento à Saúde (CAS), que serão instalados nas proximidades dos três terminais de ônibus dos bairros. “Desta forma, em parceria com o governo do Estado, vamos garantir que a população de Ponta Grossa e também da região tenha um atendimento na saúde digno e com qualidade”, considerou o prefeito.Além disso, a parceria entre o governo do Estado e a prefeitura municipal, contando ainda com a Sociedade São Camilo, garantiu a abertura do Hospital São Camilo, integralmente voltado ao atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que tem também como parceira a Sociedade São Camilo – que também é mantenedora do Hospital Vicentino. O Hospital São Camilo, inaugurado na presença do governador Requião, acrescenta 60 leitos de baixa e média complexidade e 10 leitos psiquiátricos – que vêm atender a demanda aberta a partir do fechamento do hospital Franco da Rocha, em 2005.