Integração à bilhetagem não é total

Um número significativo de empresas ainda não se cadastrou para adotar o sistema de bilhetagem eletrônica, revelou nesta segunda-feira a Divisão de Fiscalização Viária da Secretaria Municipal de Planejamento. Por conta disso, ainda circula um número elevado de vales-transporte de papel, que acabam alimentando um “comércio paralelo” que não traz nenhuma vantagem para os usuários. Segundo Luiz Eduardo Lemes, chefe daquela Divisão, o processo de recadastramento dos beneficiários de isenção ou desconto, como os portadores de necessidades especiais, no primeiro caso e os estudantes, no segundo, está quase concluído. No caso dos estudantes, houve uma redução significativa na quantia de beneficiários. Em 2006, havia 27 000 alunos – dos três graus de ensino – cadastrados. No começo do ano, com uma ação mais rigorosa na fiscalização de documentos e para a comprovação da necessidade do pretendente, apenas 20 000 foram cadastrados, mas só 14 800 fizeram a migração para o sistema de bilhetagem eletrônica.Entre os estudantes, Luiz Eduardo estima que 100% dos que têm direito ao benefício já está inseridos no sistema eletrônico, e perto de 95% dos usuários isentos – portadores de necessidades especiais cadastrados, etc. – também se cadastraram. Ainda não chegou aos níveis esperados a adesão de grandes consumidores, como empresários. “Nós pedimos a todos os empresários que se cadastrem e disponibilizem o bilhete eletrônico para seus funcionários”, diz Luiz Eduardo, lembrando que o benefício não atinge apenas os usuários que estão integrados ao novo sistema, mas todos: “se todo mundo usar, a gestão do sistema será bastante simplificada, permitindo que seja feito um acompanhamento pormenorizado de linhas e horários”, o que pode resultar em ações para reduzir os custos do sistema, diretriz estabelecida pelo prefeito Pedro Wosgrau Filho, para viabilizar a auto-sustentação do sistema de transporte, sem a necessidade de novos reajustes de preço.