RUA CORONEL BITTENCOURT

       A Rua Coronel Bittencourt é continuação da Rua Augusto Ribas (Ruas das Tropas) a partir da Praça Barão do Rio Branco até o campus central da UEPG.  A Rua das tropas foi praticamente a primeira rua da cidade, pois nela que os tropeiros trafegavam rumo a Castro com suas tropas que chegavam a ter 300 animais.
        Com essa movimentação crescente, alguns tropeiros deixavam de lado sua profissão e passaram a residir na região para abrir algum tipo de comercio no qual os próprios tropeiros eram clientes e até mesmo fornecedores. Esses estabelecimentos comerciais foram se diversificando, além de selarias, ferrarias, secos e molhados também foram se instalando com o povoamento da Vila de Ponta Grossa  tavernas, lojas de ferragens, tecidos. No final do século XIX  quando já tornara cidade de Ponta Grossa, a rua possuía fabrica de sabão, de bebidas e muitas residências.
         No sentido Praça Barão Rio Branco- Universidade Estadual de Ponta Grossa, a parte denominada Cem. Bittencourt, foi se configurando como zona residencial, tendo a Família Justus proprietária de muitos terrenos ao longo da rua, onde foram construídas casas residenciais, também de outras famílias abastadas como a casa de Eurico Batista Rosas, prefeito da cidade de 1959 a 1962.
      CORONEL BITTENCOURT, Manoel Vicente Bittencourt, nasceu em Morretes, foi o primeiro prefeito eleito de Ponta Grossa em 1891. Em seu governo renovou o contrato de iluminação pública que era a querosene em postes de lampião nas principais ruas. Nivelou a rua Sant’Anna , denominou em 1893, de Augusto Ribas a rua da Tropas e nela construiu valetas e bueiros. Também nivelou o terreno do antigo cemitério São João (Praça Barão de Guaraúna) e a barroca do antigo chafariz permitindo fazer o Largo do Rosário (Praça Barão do Rio Branco). Quando Revolução Federalista que fazia oposição a república e ao Presidente Deodoro da Fonseca adquiriu força no sul e sudeste, o prefeito teve que renunciar, pois era partidário dos federalistas.

Fonte:
CHAMMA, Guisela V. F. Ponta Grossa: o povo, a cidade e o poder.  Ponta Grossa; 1988.