PRAÇA BARÃO DE GUARAÚNA

As praças como monumentos urbanos, são espaços onde manifestações sociais e culturais se apresentam, construindo com isso lugares de comunicação e expressão social.
No Brasil, muitas cidades têm como início de urbanização a fixação em torno das praças e das igrejas. Expandindo-se a partir desses pontos, garantiram um aspecto de referência enquanto ocupação humana. Em Ponta Grossa, temos como marco inicial a igreja de Sant’Ana e a praça Marechal Floriano Peixoto, pontos do início da urbanização da Princesa dos Campos.
Ao longo do tempo outras praças foram surgindo no cenário urbano local e gradativamente adquiriram esta função de ponto de interação social. A Barão de Guaraúna, por exemplo, surgiu a princípio com o nome de largo São João, devido a construção da capela de São João, que segundo alguns autores acredita-se que tenha surgido na segunda década do século XIX.
Com a demolição da capela de São João na década de 1950, a praça passou a ser ocupada somente pela igreja Sagrado Coração de Jesus, no entanto, neste momento já era denominada Barão de Guaraúna. Título esse que veio em 1913, na gestão do então prefeito Theodoro Batista Rosas em homenagem a Domingos Ferreira Pinto, o Barão de Guaraúna.
Localizada na área central da cidade, entre as ruas Av. Vicente Machado, Balduíno Taques, Paula Xavier e Saldanha Marinho, a praça Barão de Guaraúna também é conhecida como “Praça da Igreja dos Polacos”, porque os construtores e os freqüentadores do templo eram imigrantes poloneses.
Um outro fato que marca este espaço foi a presença de um cemitério, o São João, que se localizava de fronte a praça, onde atualmente se encontra o edifício Itapuã. Segundo o livro “Menina dos meus olhos”, quando da construção do prédio foram encontradas ainda algumas ossadas do antigo cemitério.
Contudo, a Barão de Guaraúna, por se tratar de uma praça, tornou-se centro de um contexto social e cultural princesino, espaço onde as manifestações populares e o cotidiano social se fizeram e se fazem presentes, garantindo ser, como coloca CHAVES, as “veias pelas quais correm a vida e a alma da cidade”, pois é no espaço das praças nas cidades que se efetiva a sociabilidade.