Ponta Grossa segue absoluta em busca do título no xadrez dos 49º JAPs

Depois de conquistar seis medalhas de ouro nas disputas do xadrez rápido e relâmpago, Ponta Grossa aparece como a grande força do xadrez masculino nos 49º Jogos Abertos do Paraná (JAPs), que estão acontecendo na cidade de Maringá. O resgate de Vitório Chemin, um dos grandes nomes do xadrez paranaense em todos os tempos, serve de inspiração para os atletas mais jovens, ele que disputou os JAPs pela primeira vez em 1967, também na Cidade Canção. “Em 1990, quando voltei a jogar por Ponta Grossa, eu falei para as meninas da natação que tinha começado a disputar os Jogos Abertos muito antes delas terem nascido, e continuaria jogando mesmo depois que elas parassem de competir. Isto foi há 17 anos. Eu continuo na ativa”, diz o enxadrista, que não encontrou maiores dificuldades para vencer os confrontos com Apucarana e Maringá, nas rodadas iniciais do torneio convencional.Segundo Vitório, o seu retorno a Ponta Grossa tem motivos familiares, mas também representa um novo desafio. “O Paraná sempre este entre os principais geradores de talentos no xadrez, mas os nossos melhores jogadores estão atuando fora, principalmente em São Paulo e Santa Catarina. A minha volta faz parte de um processo de reversão deste êxodo, e a principal motivação é trabalhar com as categorias de base, ensinando as crianças a jogar um esporte que exige muito estudo e estratégia, retratando uma guerra medieval.”Em relação ao início da carreira, Vitório não esconde o orgulho de, em 1967, ter vencido o Campeonato Pontagrossense num duelo com Antonio Vendrami, um dos grandes nomes do passado do xadrez princesino. “Aquele título representou muito, até porque eu era um garoto e começaram a me chamar de Mequinho Pontagrossense, numa referência ao grande nome do xadrez brasileiro na época”, destaca Chemin, que é engenheiro e tem um outro grande nome do esporte pontagrossense, Justo Reinaldo Chemin, como irmão. “Hoje, ele (Justo) se dedica ao xadrez pela internet, mas continua na ativa.”Além de Vitório, que nos torneios relâmpago e rápido atou no segundo tabuleiro, Frederico Matsuura (primeiro tabuleiro) e Anderson Tatsh Dias (terceiro tabuleiro), também conquistaram suas medalhas de ouro.Na disputa do convencional, o técnico Rodrigo Disconzi está utilizando Vitório Chemin (primeiro tabuleiro), Anderson Tatsh Dias (segundo tabuleiro), Miguel Ângelo Martelo (terceiro tabuleiro) e Fabrício Stadler Grellman (quarto tabuleiro).A expectativa no xadrez feminino é de briga pelo quinto lugar na classificação final da modalidade, com a equipe princesina sendo formada por Josiane Ribeiro (primeiro tabuleiro), Juliana Choma (segundo tabuleiro), Josélia Ribeiro, Zainab Kamil Ali (terceiro tabuleiro) e Josélia Ribeiro (quarto tabuleiro), com Giana Munhoz aparecendo como reserva.