Capela centenária é reinaugurada nesta quinta

Uma missa solene, presidida pelo bispo diocesano, D. Sérgio Artur Braschi, marca o centenário da Capela do antigo Hospital 26 de Outubro e também a sua re-inauguração, depois da recuperação promovida pela atual administração. O prédio, que hoje abriga o Centro de Ação Social e a sede da Secretaria Municipal de Assistência Social, foi adquirido pela prefeitura em 1990, durante a primeira gestão do prefeito Pedro Wosgrau Filho.Construída em 1906, em estilo barroco e com capacidade para receber 100 pessoas, a capela foi palco de belíssimas celebrações. Olga dos Santos, antiga funcionária do Hospital Central, que funcionava naquele prédio, e atual responsável pelas chaves do local, conta que na capela já foram realizados, além das missas, também, apresentações do coral formado por funcionários do antigo hospital, casamentos e batizados.Com 75 anos, ela conhece o lugar como ninguém, tendo dedicado duas décadas de sua vida para cuidar da capela. Inicialmente, testemunha, eram celebradas duas missas diárias, às 6 e às 18h. “As missas eram celebradas pelos frades capuchinhos, e seus freqüentadores eram principalmente os funcionários do local, que também moravam no Hospital, pacientes e comunidade vizinha”.Este ritmo seguiu até o ano de 1960 e depois disso havia apenas uma celebração por dia.Olga dos Santos também foi peça importante no processo de pesquisa realizado pela artista plástica Cristina Sá, encarregada da restauração das pinturas da capela. “Agradeço ao prefeito Wosgrau e ao secretário Edílson Baggio por valorizar uma artista local. Com trabalhos como este, artistas ponta-grossenses ganham visibilidade e reconhecimento estadual e até nacional”, completa.Segundo Cristina Sá, a restauração da capela durou cinco meses e o trabalho mais difícil foi a recuperação dos afrescos. Além do interior da capela, também foram recuperados telhado, móveis e o antigo órgão utilizado nas missas, todos deteriorados pela ação do tempo e dos cupins. Para a obra de restauração, a prefeitura municipal investiu um total de aproximadamente R$ 70 000 (R$ 27 000 na restauração artística e R$ 43 000 na recuperação do madeirame, telhado e móveis), mas para Olga dos Santos, quem ganha com isso é a cidade, principalmente a comunidade vizinha ao prédio: “a partir desta quinta, os ponta-grossenses terão de volta parte da sua história e ganham um lindo templo de fé e meditação”.