Prefeitura de Ponta Grossa reativa Casa de Passagem Indígena

por Assessoria
 
A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, através da Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa (FASPG), retomou o atendimento à população indígena, que vive do comércio de seus artesanatos e necessita de moradia temporária, por meio da Casa de Passagem. Após uma abordagem, realizada pelo Serviço de Abordagem Social da FASPG, coloca-se à disposição dos integrantes das aldeias, a Casa de Passagem, a qual está equipada para atendê-los.  O local está situado no cruzamento entre as ruas Luís Copla e Gov. Bento Munhoz da Rocha Neto, no Jardim Carvalho.
De acordo com Vinya Mara Anderes Dzievieski Oliveira, presidente da FASPG, o retorno dos trabalhos com a Casa de Passagem é extremamente importante para que os indígenas possam comercializar seus produtos e contar com a casa de apoio para refeição e descanso. “A maioria da população indígena vive do comércio e vem de suas aldeias para Ponta Grossa, na esperança de comercializar seus artesanatos, pois Ponta Grossa é considerada um grande centro comercial”.
Na última semana, a FASPG retomou o trabalho de abordagem social ao indígena. Na oportunidade, cerca de 15 indígenas, membros de uma aldeia de Cândido de Abreu e que estavam instalados às margens da Av. João Manoel dos Santos Ribas, foram convidados para a Casa de Passagem. “Contamos com uma capacidade para comportar aproximadamente 30 indígenas na casa. Por conta da pandemia, considerando que os acolhidos atualmente são todos da mesma família, nós deixamos 20 acomodações”, explica Karina Muehlbauer, chefe da Divisão de Alta Complexidade da FASPG.
A FASPG esclarece que ainda existem indígenas de outros municípios, que no momento passam por Ponta Grossa, e ficam às margens da Av. João Manoel dos Santos Ribas e que devido a alta no número de casos de Covid-19, não foi possível acomodar os indígenas no mesmo local, como medida de prevenção, os quais se comprometeram em retornar para suas aldeias.
O acolhimento aos indígenas já era realizado anteriormente, mas foi interrompido por problemas estruturais no antigo prédio.  Devido a isso, foi realizada uma reforma no prédio atual.
Lideranças indígenas e FASPG celebram acordos
Por meio de reuniões realizadas entre o cacique e representantes da FASPG, foi definido que a casa de acolhimento atenderá apenas indígenas que utilizam os espaços públicos para o comércio de seus artefatos. O prazo para estadia dos integrantes das aldeias na Casa de Passagem é de 15 dias, podendo se estender por um mês. A medida visa atender gradativamente o maior número de aldeias possível, pois Ponta Grossa recebe indígenas de muitos municípios paranaenses. De acordo com a FASPG, neste momento, em decorrência do agravamento da pandemia, o atendimento acontece exclusivamente para a Comunidade Indígena do Faxinal.
Karina esclarece que algumas regras de convivência e de utilização dos espaços públicos foram estabelecidas. “A mendicância e crianças vendendo balas nos semáforos não serão permitidas. Há uma série de regras de convivência para proteção da comunidade indígena, preservando a sua identidade cultural”, finaliza a assistente social.