Indústrias no entorno do Refúgio serão mantidas

A secretária municipal de Indústria, Comércio e Turismo, Liliana Ribas Tavarnaro, reuniu-se ontem à tarde com o assessor técnico da Diretoria de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, Emerson Oliveira, e com Maria Carolina Portes, da representação do Ibama no Litoral do Paraná, para discutir o impacto do estabelecimento do Refúgio da Vida Silvestre do Rio Tibagi atingindo áreas do Distrito Industrial. Segundo Liliana, a proposta original efetivamente atinge áreas de empresas já instaladas – como é o caso da Masisa do Brasil – e de empresas em processo de instalação, senão nos limites do Refúgio, ao menos na chamada zona de amortecimento, uma faixa de 500 metros no entorno daqueles limites, em que há teoricamente restrição a diversas atividades.Durante a reunião de ontem, Liliana demonstrou que toda a área do distrito industrial já está destinada – oficialmente doada pelo município – a empresas instaladas ou em instalação. Nesse contato, explicou a secretária, “reivindicamos que essa área específica seja excluída do Refúgio e tenha o menor comprometimento possível da faixa de entorno”.A receptividade dos técnicos do Ministério do Meio Ambiente, relata a secretária, foi excelente: “os próprios técnicos afirmaram que foi muito boa essa participação nas reuniões que eles estão tendo, na região, e têm a convicção de que é necessário haver um diálogo anterior a um estudo de demarcação de áreas que devem ser preservadas”.INDÚSTRIASLiliana diz que ao governo, em virtude do que apresentaram os técnicos do Ministério do Meio Ambiente, não preocupam as indústrias já instaladas, mas aquelas que estão ainda em processo de implantação, como é o caso da siderúrgica Hübner, um grande empreendimento situado dentro da chamada faixa de amortecimento do Refúgio da Vida Silvestre. As perspectivas, no entanto, são positivas: “a partir da comprovação de que a siderúrgica está em processo de instalação, mas que não está na área do refúgio, mas sim no seu entorno, o caso pode ser solucionado sem perdas para a cidade”. Os técnicos, segundo a secretária, entendem que por estar já em processo de implantação da unidade, e situada no entorno e não propriamente no refúgio, “não haveria óbice algum à sua instalação”.