Programa elimina transmissão a filhos de soropositivos

Em Ponta Grossa, nos partos de todas as mães portadoras do vírus HIV atendidas pelo Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids, em nenhum caso houve transmissão vertical do vírus; ou seja, em todos os partos de parturientes acompanhadas pelos médicos do município, nenhuma criança apresentou sorologia positiva. Para eliminar os riscos de uma eventual contaminação durante a amamentação, o programa de atendimento a portadores de HIV mantido pela prefeitura de Ponta Grossa garante ainda o fornecimento de 10 latas de leite em pó, a cada mês, até que as crianças completem dez meses.Os dados foram divulgados ontem (24) à tarde pelo diretor-geral da Secretaria Municipal de Saúde, Edson Alves. Ele revela ainda que o Plano de Aplicação e Metas, que estabelece os investimentos do município no atendimento aos portadores de HIV/Aids, vem sendo seguido à risca. Além disso, o programa de distribuição de medicamentos para os pacientes foi apontado pelo governo do Estado como um dos quatro mais eficientes do Estado.A respeito do inquérito aberto pela Promotoria de Defesa da Saúde Pública, sobre supostos casos freqüentes de cancelamento de consultas ou dificuldades de agendamento, o diretor da Secretaria Municipal de Saúde explica tratar-se de uma situação estanque. De acordo com Edson Alves, em função de um processo de remanejamento interno de pessoal efetivamente foram suspensas as consultas para portadores de HIV durante um período não superior a vinte dias. Concluído o remanejamento e com a indicação de um profissional para prestar esse atendimento, Alves informa que ainda ao final desta semana o ritmo das consultas terá voltado ao normal. Já a respeito do suposto “atendimento precário” a crianças soropositivas (portadoras do vírus HIV), Alves revela que as consultas foram suspensas por um período de sete dias, em função de cirurgia a que foi submetida a médica encarregada desse atendimento. De toda forma, explica o diretor, em nenhum momento os pacientes do programa de DST/Aids estiveram sem acesso a cuidados médicos, uma vez que em caso de urgência ou emergência poderiam ter acessado quaisquer dos plantões das unidades de saúde e dos postos de pronto-atendimento.A cada mês, o programa de DST/Aids da prefeitura de Ponta Grossa atende a cerca de 660 pessoas. Destas, 440 recebem também medicamentos, fornecidos regular e gratuitamente pelo governo municipal. As demais recebem apenas acompanhamento médico permanente.