Nota de 6,2 no IDEB revela impacto mínimo da pandemia na Educação em Ponta Grossa

1 ano atrás em 16 de setembro de 2022 às 17:17, possui 72 visualizações até o momento

FOTO: Escola Municipal Pascoalino Provisiero, no Jardim Vila Velha, alcançou a maior nota entre as escolas públicas municipais. Em 2002, unidade foi às finais da Olimpíada da Língua Portuguesa

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram nesta sexta (16) os novos indicadores da Educação Básica do Brasil. A Prova Brasil, principal instrumento avaliador da nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), foi realizada durante a pandemia de Covid-19, em meio ao ensino híbrido ou totalmente remoto, conforme a região do país.

Ponta Grossa, que vinha em um constante crescimento em sua avaliação, oscilou 0,3 pontos para menos, passando dos 6,5 atingidos em 2020, antes da pandemia, para 6,2, durante a pandemia. A nota nacional ficou em 5,5, enquanto a do Paraná em 6,1. A redução ficou dentro da expectativa da Secretaria Municipal de Educação, que desde o primeiro ano da pandemia já realiza ações para mitigar os efeitos da pandemia sobre a aprendizagem e trabalha em grupos focais para recompor a aprendizagem dos alunos.

Os desafios da retomada das atividades foram discutidos no Congresso de Educação de 2021, projetando ações para este ano. Na última semana, durante o IX Congresso, a rede municipal debateu novas metodologias, a importância do acolhimento dos alunos e familiares e as ações necessárias para o atendimento dos alunos com equidade – ou seja, conforme a necessidade de cada um.

No Congresso de Educação de 2022, a rede municipal discutiu a recomposição da aprendizagem no pós-pandemia

Já em 2022, as aulas foram retomadas de maneira 100% presenciais, com foco na recomposição das aprendizagens: constante avaliação, ações mitigadoras com ênfase no acolhimento infantil, desenvolvimento de questões emocionais, alfabetização e conteúdos essenciais.

“Estamos realizando também projetos focados nos locais onde houve maior impacto negativo. Analisando os dados escola por escola, percebemos que eles estão de acordo com a nossa avaliação ao longo da pandemia. Onde houve restrição de acesso à tecnologia, maior infrequência e menor participação das famílias, aliado a outras condições socioeconômicas, as desigualdades educacionais se aprofundaram. Para estas zonas sensíveis, estamos já praticando trabalhos focados para a recomposição das aprendizagens”, comenta Simone.

Para isso, orienta a secretária de Educação, professora Simone Pereira Neves, uma grande participação da sociedade é necessária para a recomposição das aprendizagens impactadas pela pandemia. “Contamos com o envolvimento de todos, sejam os profissionais da educação, das famílias e das comunidades, para que esses impactos sejam sanados o quanto antes. O apoio ao trabalho docente é essencial para que possamos superar isso juntos”.

A SME lamentou ainda a exclusão de nove escolas com potencial elevado de notas e que não tiveram seus IDEBs divulgados. As escolas Adelaide Thomé Chamma, Catarina Miró, Cyrillo Domingos Ricci, Fioravante Slaviero, Maria Antônia de Andrade, Othon Mader, Frederico Degraf e Sebastião dos Santos Silva não tiveram as avaliações inseridas no cálculo da média. Segundo o INEP, as escolas tiveram participação menor do que 85% no dia da avaliação.

Notas
A maior nota registrada entre as escolas municipais foi da Escola Municipal Pasqualino Provisiero, no Jardim Vila Velha, que atingiu nota 7,7 – outras 12 unidades tiveram média 7 ou superior. Foram 32 as escolas que atingiram no mínimo 6,5 – média de Ponta Grossa no momento anterior à pandemia. Quatro escolas mantiveram a mesma nota anterior, enquanto 20 subiram e 47 baixaram em relação a 2020.

Recomposição da aprendizagem
Para a recomposição da aprendizagem dos alunos e avanço também no Índice da Educação Básica, a Secretaria Municipal de Educação trabalha em diversas frentes. Uma delas é a importância da presença das crianças na escola, durante os 200 dias letivos: combater as faltas. Outra é o acolhimento emocional das crianças, para posteriormente trabalhar com a recomposição da aprendizagem. Formação permanente dos profissionais da Educação, parceria com as famílias, compromisso dos docentes e o apoio da comunidade também serão essenciais. “Todas as ações tomadas serviram para minimizar esse impacto, que poderia ter sido muito maior. O que precisamos hoje é um grande pacto com a sociedade para voltarmos a avançar”, considera Simone.

Ações durante a pandemia
Uma das ações da SME, ainda em 2020, foi iniciar a transmissão do Programa Vem Aprender, com aulas remotas pela TV e o acompanhamento dos professores da rede municipal, em cada uma das suas 153 unidades escolares. Em 2021 o programa recebeu alterações, oferecendo conteúdo específico para cada uma das séries escolares. Por outro lado, a SME iniciou em paralelo as atividades presenciais – tendo sido a primeira grande cidade do estado a retornar de maneira ininterrupta.


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